ATENÇÃO!
Histórico
econômico de Rondônia
Sua contribuição tem início com a construção da
Estrada de Ferro Madeira Mamoré, inaugurada em 1912, quando Rondônia se
apresentava como alternativa para a logística de transporte de produtos e
recursos naturais da Bolívia. O Brasil assinava o Tratado de Petrópolis
sinalizando com a construção da ferrovia e recursos em Libras Esterlinas
em troca do Território do Acre. Rondônia recebe então os primeiros
investimentos para a construção da ferrovia concomitante à construção da linha
telegráfica pelo Marechal Rondon.
Na década de 40 tivemos o auge da
borracha em Rondônia, que assim como o Amazonas e Acre responderam ao chamado
do governo, recebendo aqui os “Soldados da Borracha”, que ocuparam os seringais
em busca. Nesse momento, Rondônia possui pouco mais de 70.000 habitantes e vê
crescer a atividade garimpeira, principalmente no Rio Madeira, que suporta
cerca de 5 mil dragas instaladas, empregando 25 mil garimpeiros,
aproximadamente. Garimpos de cassiterita, na região de Ariquemes, elevam o
Estado à categoria de mais forte produtor nacional do minério. Essas atividades
ainda refletem um modelo econômico extrativista, exportador dos seus recursos
naturais, subdesenvolvido.
Ao
final da década de 70, início da década de 80, Rondônia experimenta o maior
fluxo migratório da sua história, acompanhando novamente a política nacional.
Era o 2º. PND (Plano Nacional de Desenvolvimento), que teve início no governo
Geisel sendo consolidado no governo João Figueiredo. O programa apresenta ao
país, Rondônia, sua nova “Fronteira Agrícola”. O estado passa a ser ocupado por
agricultores de todo o Brasil, principalmente dos estados do Paraná e Espírito
Santo, que instalaram-se na região central, acompanhados de paulistas,
mineiros, catarinenses e gaúchos, esses dois últimos ocupando a região de
Vilhena. A ocupação do estado acompanha o ritmo do desmatamento, exigido na
época pelo INCRA para que posseiros recebessem a documentação da terra. A
pecuária de corte e leite amplia seus espaços com crescimento ininterrupto dos
rebanhos. Nosso modelo de desenvolvimento econômico agora é exportador
agrosilvopastoril, ou seja, extrativismo, agricultura e pecuária.
Ao
longo dessa ocupação e como resultado do processo, instala-se em Rondônia a
Indústria Madeireira, atraída pela abundância de matéria-prima. Essa atividade
chega ao seu ápice na década de 90, com cerca de 3.000 empresas instaladas,
respondendo por 40% do emprego industrial e da arrecadação de impostos. A
madeira chega a representar cerca de 90% da nossa pauta de exportações. A
atividade industrial ainda não agrega valor a produtos finais, mantendo um modelo
de economia subdesenvolvida. Mas a descontinuidade das políticas nacionais e a
ausência de uma política agrícola no país, leva a uma reversão de valores
dessas economias. As pressões legais e ambientais invertem a ótica
governamental. Quem antes cobrava o desmatamento de 50% das propriedades e
agora cobra o reflorestamento das mesmas e a averbação de reserva legal,
reduzindo em 20% a utilização das áreas destinadas ao setor primário. A
estrutura fundiária do estado, hoje com cerca de 105 mil propriedades rurais
possui 80% delas com até 100
hectares. As dificuldades de operação desses produtores
com Fundos Constitucionais e demais linhas de crédito e fomento intensificam-se
com as novas exigências legais e burocracia. Na impossibilidade de custear
atividades agrícolas de produção, amplia-se a pecuária, que assume papel de
relevante importância para a nova economia do estado.
CENÁRIO ATUAL:
Dentro dessa
perspectiva é que passamos a destacar questões relevantes ao nosso
desenvolvimento.Hoje,
Rondônia apresenta em seu perfil produtivo o reflexo de políticas nacionais
descontinuadas, absorvendo seus impactos e problemas sociais decorrentes. Foi assim
com o fim o garimpo, com os seringais e, mais recentemente, com a indústria
madeireira, instalada no início da colonização pela abundância de
matéria-prima, execrada hoje por ambientalistas e restrita aos limites de uma
legislação ambiental mais rígida porém necessária. Ainda assim, a indústria
madeiro moveleira responde por cerca de 28% do PIB industrial.
Chegamos
agora a mais um DIVISOR DE ÁGUAS na história
do desenvolvimento de Rondônia, com a construção das Usinas do Rio Madeira,
cujos investimentos chegam à cifra de R$ 20 bilhões, causando aceleração em
todas as atividades econômicas do Estado.
RONDONIA
2010
Situado na Região Norte, o
estado de Rondônia possui extensão territorial de 237.590,864 quilômetros quadrados
e população total de 1.562.409 habitantes, conforme dados divulgados em 2010
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A economia de Rondônia, assim como nos outros
estados do Norte, está em processo de desenvolvimento. Em 2008, o Produto
Interno Bruto (PIB) estadual foi de 15 bilhões de reais, correspondendo a 0,6%
de toda riqueza gerada no Brasil naquele ano; no âmbito regional, a
contribuição foi de 11,2%, sendo a terceira maior, atrás somente do Pará
(37,1%) e Amazonas (31,5%). O PIB per capita é de 10.320 reais
A composição do PIB de
Rondônia é a seguinte:
Agropecuária: 20,4%.
Indústria: 14,6%.
Serviços: 65%.
A expansão da fronteira
agrícola em Rondônia foi determinante para o desenvolvimento agropecuário. Os
fluxos migratórios de agricultores se intensificaram a partir da década de
1970, sobretudo das regiões Sul e Sudeste. As terras férteis são propícias para
os cultivos de café, cacau, arroz, feijão, milho, soja, mandioca, etc. Na
pecuária, o estado se destaca por ser grande exportador de carne bovina –
principal produto de exportação de Rondônia (60%).
O setor industrial,
responsável por 14,6% do PIB estadual, é pouco diversificado. Os principais
segmentos são o alimentício, frigorífico e mineração, que é proporcionada em
razão das grandes reservas de cassiterita, em especial no garimpo de Bom
Futuro, em Ariquemes. Rondônia é o segundo maior produtor nacional desse
minério, entretanto, as reservas devem se esgotar em poucas décadas.
O extrativismo vegetal é
outra importante fonte de receitas para o estado: a madeira é responsável por
13% das exportações. No entanto, essa atividade desencadeia vários problemas
ambientais, visto que a retirada desordenada de árvores agrava o desmatamento
na floresta Amazônica. Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), Rondônia é o terceiro estado que mais desmata no país, atrás
somente de Mato Grosso e Pará.
O setor de serviços é
alavancado pelo comércio. Outra atividade que contribui para esse segmento da
economia é o turismo. Apesar de ter seu potencial turístico pouco explorado,
Rondônia atrai visitantes que apreciam suas belezas naturais, históricas e
culturais.
Por Wagner de
Cerqueira e Francisco PERFIL DE
RONDÔNIA