Relevo
de Rondônia
Quando falamos em relevo, pensamos em montanhas, serras, planaltos,
O município de Vilhena situa-se na Chapada
dos Parecis, região Norte do Brasil, sudeste do estado de Rondônia .
Observando o mapa, percebemos que
nosso estado apresenta baixas altitudes, isto é, alturas acima do nível do
mar.
Quase dois terços do estado se situam
entre 90 e 300 m de altitude.
Porto Velho, a margem direita do Rio
Madeira, por exemplo, encontra-se na altitude de 85 m.
Costuma-se dividir o relevo de
Rondônia em quatro porções distintas:
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Planície Amazônica
·
Encosta ou Vertente Setentrional do Planalto Brasileiro
·
Chapada dos Parecis - Pacaás Novos
·
Vale do Guaporé - Mamoré.
Planície Amazônica
A planície
do estado de Rondônia é o prolongamento da vasta Planície
amazônica.
Estende-se desde os limites com o estado do Amazonas até
atingir, no sentido sudoeste, a Chapada dos Parecis-Pacaás Novos e a Encosta
Setentrional do Planalto Brasileiro.
Sua altitude média oscila entre 90 a 200
acima do nível do mar.
A planície é composta de solos sedimentares,
areno-argilosos, sendo de depósitos recentes nas várzeas (áreas mais baixas).
No médio curso do Rio Madeira e nos baixos cursos
de seus afluentes (margem direita), extensas áreas de planície estão sujeitas a
inundações
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Cachoeira de Teotônio no Rio
Madeira
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Os barrancos dos
rios, de 5 a 10 m de altura, de solo argilo-ferruginoso, sofrem
infiltrações das águas e desbarrancamentos.. Esse fenômeno recebe o nome de
terras caídas que o rio vai desmanchando e transportando.
Nos terrenos antigos (Pré-Cambrianos), o curso
médio dos rios encontra, a certa profundidade, o substrato rochoso, dando
origem às corredeiras e cachoeiras.
Caracteriza-se como extensão final, no sentido sul
norte, do Planalto Brasileiro.
A superfície dessa faixa de terrenos muito antigos
(Arqueano) sofreu aplainamento devido as sucessivas fases de erosão,
apresentando patamares que variam de 100 a 600 metros de altitude. Os acidentes
mais comuns são colinas,pontões, matações, morros isolados, etc.
ENCOSTA SETENTRIONAL DO PLANALTO BRASILEIRO
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Vista
parcial da Chapada dos Pacaás Novos
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Este
acidente do relevo é uma área de terreno arqueano (período
pré-cambiano), constituído por restos de uma superfície de aplainamento
rebaixada pelas sucessivas fases erosivas, subdivindo-se em
patamares de altitudes que variam de 100 a mais de 500 metros acima do nível do
mar, formando cristas residuais esparsas, colinas de topos plainados,
colinas com inselbergs, pontões, morros isolados e esporões de cristas agudas.
Afloramentos de granotos, lateritos e matações de tamanhos variados.
As suas
superfícies plainadas são revestidas por rochas sedimentares (pleistocenas) e
depósitos de sedimentos resultantes da erosão ocasionada por violentas
enxurradas ocorridas em períodos remotos, em decorrência do clima mais
seco e pela falta de cobertura florestal.
Esta porção do
relevo responsável pela origem das várias corredeiras, lajeados e cachoeiras
dos rios Madeira, Abunã, Jaci-Paraná e de outros rios.Do baixo rio Madeira,
a partir da cachoeira de Santo Antônio na direção norte submerge sob os
terrenos sedimentares da planície Amazônica, aflorando no médio curso do rio
Jí-Paraná, originando corredeiras e cachoeiras como as de Dois de Novembro, São
Vicente, Quatro de Março, São Francisco, Tabajara e do Quatá.
Estende-se na direção sul até atingir as encostas
das chapadas dos Parecis e Pacaás Novos.
Na linha de limites entre o Estado de Rondônia e o Estado
de Mato Grosso, forma as serras São João, Machado e das Onças (ou Grande),
divisoras de águas entre as bacias dos rios Ji-Paraná e Roosevelt. Afloramentos
seus surgem na margem esquerda do rio Madeira e Noroeste e Oeste, formando a
serra Três Irmãos na faixa de fronteira Rondônia com o Estado do
Amazonas.
Essa serra é divisora de águas entre as baixas dos
rios Ituxi e Abunã e Madeira.
A Encosta
Setentrional é limitada ao Norte pela Planície Amazônica; a Noroeste e Nordeste
pela linha de fronteira entre o Estado do Amazonas e o Estado de Rondônia; ao
Leste, Sudeste e Sul pelas chapadas dos Parecis e Pacaás Novos e ao Oeste a
linha de fronteira entre Rondônia e o Estado do Acre e entre Rondônia e a
República da Bolívia.
Chapada dos Parecis - Pacaás Novos
Como prolongamento do Planalto Brasileiro em nosso
estado no sentido sudeste-noroeste, as Chapadas dos Parecis e dos Pacaás Novos
representam as maiores altitudes de nosso estado, que variam de 600 a 900
metros.
Há pontos culminantes com mais de
1.000 metros. Assim, temos o Pico do Tracuá ou Pico Jaru com 1.126 metros na
Chapada dos Pacaás Novos.
Os terrenos são sedimentares de arenito vermelho e
amarelo com cimento feldspático e silício, predominando as pederneiras (pedras
muito duras).
As Chapadas recebem nomes locais de serras, que são
divisores de águas. Como por exemplo:
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Serras de São Francisco (divisora de águas entre os
rios Candeias e Jamari);
·
Serras Novas, das Queimadas, do Repouso, da Pedra
Branca e Uacampânico (divisoras de águas entre os rios Jarú e Machadinho e
entre o Jamari e Machadinho);
·
Serras da Vitória, Sete de Setembro, Mirante e
Trincheira (divisoras de águas entre os rios Ricardo Franco e Pimenta Bueno),
estas citadas serras, situam-se na região central do Estado.
·
Serras Gabriel Antunes e João Antunes (divisoras de
águas entre os rios Corumbiara e Cabixi), localizam-se na região sul do
Estado;
·
Serras da Divisa e Pagã (divisoras de águas entre
os rios Ji-Paraná e o Preto);
·
Serras Aurora, Providência e Sargento Paixão
(divisoras de águas entre os rios Roosevelt e Ji-Paraná), localizam-se na
região central até a Oeste no vale do rio Mamoré, próxima a cidade de
Guajará-Mirim, (divisora de águas entre os rios Pacaás Novos e Mutum
Paraná).
Observação:
A Chapada dos Parecis rondoniana é o prolongamento noroeste da chapada
de mesmo nome no estado do Mato Grosso. Observe a em um mapa físico do Brasil.
Vale dos Rios Guaporé e Mamoré
É uma vasta planície tabular formada de sedimentos recentes.
Com altitudes que variam de 100 a 300 metros acima do nível do mar,
apresenta terrenos alagadiços e platôs mais elevados.
No estado de Rondônia, estende-se do sopé das chapadas dos Pacaás novos
e dos Parecis a leste até a margem direita dos rios Mamoré e Guaporé. Em
sentido sul-sudeste, avança desde o norte até a divisa com Mato Grosso, no qual
se prolonga.
As áreas mais baixas sofrem inundações de dezenas de quilômetros na
época das enchentes, formando lagos temporários, de difícil escoamento.
Vegetação
de Rondônia.
1. FLORESTA OMBRÓFILA ABERTA
É o tipo de floresta
dominante no estado, abrangendo cerca de 55% da área total da vegetação. Esta
tipologia caracteriza-se pela descontinuidade do dossel, com ausência de área
foliar entre 30 e 40%, permitindo que a luz solar alcance o sub-bosque
favorecendo a sua regeneração. Os troncos apresentam-se mais espaçados no
estrato mais alto, que atinge cerca de 30 m de altura enquanto o
sub-bosque encontrasse estratificado.
2. FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL OU
SUBCADUCIFÓLIA
Este tipo de
vegetação se desenvolve em solos hidromórficos com baixa capacidade de retenção
de água. Ocupam cerca de 2% do total da cobertura vegetal do estado.
3. FLORESTA DE TRANSIÇÃO OU CONTATO
Ocupam cerca de 8% do
estado. Trata-se de área de transição entre o cerrado e a floresta,
apresentando características destas duas formações, com o estrato mais alto com
cerca de 20 metros de altura.
4. CERRADO
Ocupam cerca de 5% da
cobertura florestal do estado. São formações vegetais com feições xeromórficas
principalmente devido às características do solo.
. FORMAÇÃO PIONEIRA
Ocupam cerca de 4% do
estado. Ocorre em terrenos sujeitos a inundações, apresentando diversas
fisionomias. Pode apresentar vegetação florestal, ou não. O tamanho das árvores
é determinado pela altitude e pelo grau de inundação. Algumas destas áreas
encontram-se dominadas por palmeiras conhecidas como buritis.
6. CAMPINARANA
O termo campinarana
significa “falso campo”. São formações não florestais que ocorrem em manchas
pequenas e bem dispersas por toda a Amazônia. É a vegetação menos
representativa do estado. Cresce em solos muito pobres de areia branca (Podzol,
hidromórfico e Areia Quartizosas). A maioria das espécies são endêmicas mas é
possível encontrar algumas que ocorrem também em cerrado ou outras áreas não
florestais.